O lado maligno da Vila Sônia

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A violência cada vez mais recorrente no bairro.

Infraestrutura, distância e segurança, são algumas das características analisadas no momento de procurar o bairro ideal para se morar. Porém, “nem tudo são flores”.

Caio do Amaral Martins, 18 anos, estudante de música e tecnologia na Belas Artes, mora no bairro Vila Sônia há 12 anos e precisa utilizar o transporte público diariamente para ir até a faculdade. E em uma de suas “idas e vindas” foi abordado na saída do metrô por dois rapazes e teve seu aparelho celular roubado.

Terminal de metrô Vila Sônia, local em que o estudante foi assaltado.

Foto: Leonardo Jardim

Evento atípico? No ano passado, foram registrados 143.936 assaltos por toda a cidade de São Paulo, um aumento de 12% se comparado ao ano de 2021, como informa os dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segundo dados estatísticos do jornal Estado de São Paulo, ocorrem 10 crimes por dia no bairro. Número razoavelmente alto comparado com outros bairros da capital.

Em perdizes, bairro próximo, foram registrados 3.162 no ano passado, já na Vila Sônia, o número de assaltos foi de 3.840 até outubro de 2022, aumentando em quase 44% com o mesmo período de 2021.

“Na hora, fiquei sem reação. Estava escutando música no celular, como sempre fiz, e peguei o celular na mão para trocar para a próxima. Foi quando vieram por trás de mim e me pediram para dar o aparelho e não correr. Em segundos, perdi eles de vista”, diz o jovem.

Caio, na sua tradicional caminhada até o terminal de metrô.                    

  Foto: Leonardo Jardim

É de se pensar que acontecimentos como esse são recorrentes somente nos transportes públicos, e que nas residências ou edifícios não há esse tipo de incidente. Entretanto, não é bem assim. É o caso de Pedro Ferraz Lima Scola, de 18 anos e seu tio, João Paulo Ferraz.

No começo do ano de 2020, João Paulo foi visitar seu sobrinho, e estacionou a sua motocicleta em frente ao Condomínio Praça dos Amores, local em que Pedro mora.

Quando estava indo embora, por volta das 17h, foi ao encontro da sua moto, nesse momento, foi abordado por um homem armado que anunciou o assalto. Sem hesitar, João Paulo entregou a moto.

Condomínio de Pedro, onde a moto estava estacionada.                       

 Foto: Leonardo Jardim

Era de dia, havia segurança no condomínio e pessoas na rua. Porém, ninguém o ajudou e teve a moto roubada.

“A gente nunca espera que vai acontecer isso, mas no momento, só pensei na minha vida, deixei que o bandido levasse a moto, com esperança de que as autoridades achassem. Acionei a Polícia, fiz todo o procedimento, porém não foi encontrado a moto e nem descobri quem era o assaltante”, declarou a vítima.

Pedro contou que ficou em choque, com um pouco de medo nos dias posteriores, mas que nunca mais passou por isso e que mora lá até hoje.

“Gosto de morar aqui. Óbvio que na época fiquei com receio de andar na rua, mas infelizmente em São Paulo, temos que estar esperto a todo momento. Mas, de certo modo, o Vila Sônia é um bom bairro para se viver”, diz o adolescente.

Por: Leonardo Jardim

ECOSYSTEM

Positive growth.

Nature, in the common sense, refers to essences unchanged by man; space, the air, the river, the leaf. Art is applied to the mixture of his will with the same things, as in a house, a canal, a statue, a picture. But his operations taken together are so insignificant, a little chipping, baking, patching, and washing, that in an impression so grand as that of the world on the human mind, they do not vary the result.

The sun setting through a dense forest.
Wind turbines standing on a grassy plain, against a blue sky.
The sun shining over a ridge leading down into the shore. In the distance, a car drives down a road.

Undoubtedly we have no questions to ask which are unanswerable. We must trust the perfection of the creation so far, as to believe that whatever curiosity the order of things has awakened in our minds, the order of things can satisfy. Every man’s condition is a solution in hieroglyphic to those inquiries he would put.