A moda de segunda mão ganha espaço entre o público de Pinheiros

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O crescimento de lojas de revenda de roupas usadas é um retrato de um consumo mais consciente.

Atualmente o mercado da moda gera mais de quatro milhões de toneladas de resíduos têxteis apenas no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Além disso, esses materiais descartados podem levar décadas para se decompor. A  empreendedora e defensora de uma vida sustentável Renata Martins de Castro,47, atua hoje pela implementação de estratégias mais “eco-favoráveis” em seus comércios no bairro de Pinheiros.

Na rua Fradique Coutinho, próximo à estação de metrô, Renata hoje comanda um empório de grãos a granel e produtos naturais, além de no próprio subsolo ter uma loja de roupas de segunda mão, popularmente conhecidas como brechós. Para ela, as roupas seminovas em bom estado e de qualidade são uma ferramenta para impulsionar esse mercado.Outro fator importante é a conscientização das pessoas quanto ao consumo exagerado tanto da indústria da moda quanto de outros bens materiais.

Nesse sentido essa conscientização da forma de consumir vem mudando com o tempo. Renata ressalta que muitas pessoas, tanto jovens quanto as mais velhas, vêm à procura de empreendedores preocupados com as questões ambientais. “Vejo que o número de brechós está crescendo muito, só no bairro já contei 18 lojas” , afirma. Ela também já participou de eventos que acontecem no bairro, como a gestão de resíduos do Festival Pinheiros, na qual todo o lixo produzido foi separado e levado ao local de descarte apropriado.

Outro fator importante ressaltado pela empreendedora foi o Dia da Sobrecarga Terrestre, que é a data determinada anualmente que informa quando as demandas da humanidade por recursos naturais superam os limites de renovação do próprio planeta. Esse dia é registrado cada vez mais cedo, ou seja, ao longo do período de um ano os produtos da natureza explorados não conseguem ser renovados. Por isso, Renata de Castro acredita na importância da moda sustentável e no estímulo aos seus clientes de adotarem estratégias sustentáveis no cotidiano. Segundo ela “ quanto mais consumimos produtos de segunda mão, menos a indústria grande e os ‘fast-fashions’, que poluem muito, tiram menos recursos do planeta. “

 

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