O sossego meio ao caos de São Paulo

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Renato de Archangelo, 24 anos, morador do subdistrito Instituto da Previdência, no bairro do Butantã. É estudante de medicina na Faculdade Santa Marcelina, em Itaquera e conta algumas de suas histórias no bairro. Dentre elas, uma a qual morou em uma residência do lado de uma igreja católica. Lembra que por volta do ano de 2006 até 2015 a própria catedral organizava casamentos quase que todos os finais de semana aos sábados. Para ele, tudo mudou. Hoje, dificilmente se vê mais de três casamentos por ano. Ele acha que os casamentos estão diminuindo nos dias atuais. Ressalta que isso não significa as pessoas não estarem mantendo relações estáveis. Apenas não passam mais por esse “rito de passagem”, que é o casório em igrejas e toda uma cerimônia no evento.  

     

 

Em relação ao bairro, Renato ressaltou ter melhorado muito após a construção de estações de metrô, tanto a estação São Paulo-Morumbi, quanto a estação Butantã, ambas pertencentes a linha 4 amarela. Por causa disso  se iniciou uma nova onda de investimentos na região, de prédios comerciais e residenciais, comércios dos mais variados, bancos, aumentou o policiamento e a segurança na região. Ele comenta que  “deixou de ser apenas um bairro no estilo de cidade de interior, mais simples, pra se tornar um bairro de cada vez mais de cidade grande”. Mesmo com essa nova situação da região de grande avanço econômico e social, considera o bairro sendo um “oásis”, porque é um local tranquilo no meio de todo o caos de São Paulo. 

Em sua opinião referente aos vizinhos e moradores da região, Renato disse considerar as pessoas do bairro, como membros muito solícitos, pois são indivíduos mais abertos e gentis a conversas e costumam se ajudarem entre si. Também comentou considerar que a cidade possui cada vez mais uma escassez em bairros mais no estilo residencial, pois em muitos dos bairros de São Paulo hoje em dia, apenas se veem prédios (ainda mais os comerciais), e acrescentou que esse “sossego” do bairro mais residencial resulta em um ambiente com menos barulho, menos trânsito.  

Relatou de achar “fantástico” o bairro possuir um grande número de animais (gatos, cachorros, pássaros), seja dos próprios moradores ou de rua. Por ser um bairro que gosta muito, da maneira que é, ele disse: “caso algum dia comecem a levantar prédios por aqui, eu vou ficar bem chateado”. Por fim comentou que apesar da mobilidade ter melhorado “imensamente” com as estações do metrô, o uso de carro ainda é indispensável e muito necessário para fazer compras, ou ir para locais mais específicos como as próprias estações, pois as mesmas não são tão próximas assim. Mas em um contexto geral, ele exaltou muito o bairro e a região e relata que dificilmente se mudaria do local pois preza muito pela calmaria e serenidade presente na área, e dificilmente se encontra um local semelhante na zona oeste de São Paulo.

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